Vinhos Espumantes


Espumantes

Ah, os espumantes! Muito já se falou sobre eles. Grandes pensadores e artistas já se renderam aos seus prazeres. De minha parte, só posso dizer que minha vida é melhor porque eles existem. Espumantes me ajudam em todos os momentos e sempre, sempre tornam a vida melhor. Deveríamos tomá-los mais, muito mais, todos os dias ou, como recomendo há um bom tempo, em substituição ao café da manhã! Eles são o toque de felicidade, de romantismo, de utopia que nos ajuda a encarar a vida. 

Muito se discute sobre quem inventou os espumantes e isso até hoje não é consenso. O fato é que existem basicamente duas formas de se fazer espumante: o método tradicional, também chamado de champenoise, e o método charmat. O primeiro método é obrigatório nos vinhos Champagne. Atenção a isso: champagne é somente o espumante feito na região de Champagne, na França. Todos os outros recebem o nome genérico de espumante. Não há, portanto, champagne brasileiro, italiano, americano. Champagne, só o francês, da região demarcada. Voltando à forma de elaboração, o espumante é um vinho que passa por duas fermentações. A primeira transforma o mosto (o sumo da uva) em vinho. A segunda transforma o vinho em espumante e é controlada para que o gás carbônico resultante do processamento químico não se perca, ficando impregnado no vinho.

É no local da segunda fermentação que reside a principal diferença entre os métodos: no método champenoise, a segunda fermentação ocorre dentro da garrafa, enquanto no método charmat a segunda fermentação ocorre em tanques de aço inoxidável (autoclaves). Desnecessário dizer que o primeiro método é o que dá melhores resultados, não é? A diferença é bastante perceptível e, via de regra, um espumante feito pelo método tradicional é melhor do que um espumante feito pelo método Charmat. E como podemos saber que método foi utilizado? No próprio rótulo! Os espumantes feitos com o método tradicional "vendem" essa ideia, já que o processo agrega valor ao produto. Dessa forma, isso sempre é mencionado em um dos rótulos do vinho. Quando não vem nada escrito, você pode ter certeza que foi usado o método Charmat.

Existe ainda um outro método bastante comum: o processo Asti, que se tornou famoso a partir dos vinhos Moscato d'Asti (vinhos feitos com as uvas Moscato, na província de Asti, no noroeste da Itália). Esse método gera vinhos com 7 a 9% de graduação alcoólica, que são produzidos com uma única fermentação, diretamente em autoclaves. O gás carbônico dessa fermentação é mantido na autoclave até se chegar à pressão de seis atmosferas e depois o vinho segue para engarrafamento, mantendo-se o gás impregnado no líquido. Com resultado, chega-se a um espumante sem se passar pela segunda fermentação.