Muscat

A Muscat é uma complexa família de uvas, com três cepas diferentes (Blanc à Petits Grains, da Alexandria e Ottonel). Suas variações são também chamadas de Moscatel (na península Ibérica) e Moscato (na Itália), é uma uva de secura leve e corpo médio. Essa casta produz vinhos elegantes, fáceis de beber, com aromas característicos de jasmim, laranja, pêssego, canela e uva (é a única variedade em que o cheiro de uva permanece). Origina os famosos Muscat do sul da França, o Moscatel de Setúbal português, o Liqueur Muscat australiano e os Asti e Moscato d’Asti italianos.


Para entender um pouco mais sobre castas e aromas, clique aqui.

Xplorador Sauvignon Blanc 2009

Há pessoas que gostam de prazeres fortes, assim como há aquelas que os apreciam delicados. Esse vinho é para esse segundo tipo de pessoas. A Sauvignon Blanc é uma uva que produz vinhos delicados, ácidos e com aromas bastante frutados. Esse selo - Xplorador, da vinícola Concha y Toro - é uma linha de vinhos jovens, frutados, que têm um caráter de inovação. Feito no Valle Central, no Chile, o vinho tem aroma de limão, maracujá e manga, boca equilibrada e acida, medianamente persistente. O vinho em si é uma boa expressão da Sauvignon Blanc. Harmoniza bem com peixes e frutos do mar. Também vai bem como aperitivo. Classificação: ***.


Vinho & Saúde

Você sabia que vinho – principalmente tinto – atua na proteção do sistema cardiovascular? Uma taça por dia é suficiente. Se não for possível ingerir vinho, pode-se tomar suco de uva integral, que também oferece ótimos resultados. No caso da bebida alcoólica, o ideal é uma taça diária para as mulheres e no máximo duas para os homens. Há quem recomende dividir o consumo: um pouquinho no almoço e no jantar. São muitas as vantagens: prevenção de enfarte e acidente vascular cerebral (AVC), proteção do endotélio (camada celular interna dos vasos sanguíneos), menos chance de coagulação sanguínea e redução da adesão de plaquetas, o que previne o entupimento de uma coronária, por exemplo. E tem mais: de acordo com pesquisa da Universidade de Maastricht, na Holanda, o resveratrol diminui os níveis de açúcar no sangue e reduz a pressão arterial. Por outro lado, nunca é demais lembrar: as vantagens do vinho só começam a aparecer caso a pessoa beba regularmente e com moderação. Além disso, só devem beber pessoas maiores de idade e que não possuam contraindicação à ingestão de bebidas alcoólicas. Em caso de dúvidas, sempre procure o auxílio de um profissional de saúde. 

Salton Brut

Espumante da linha de base da Salton. Essa vinícola fica em Bento Gonçalves. O lugar é muito bonito e a linha de produção impecável. Seus espumantes focam em produções maciças, mas isso não significava necessariamente qualidade inferior. São espumantes simples, mas com boa relação custo X benefício (que sempre tem que ser avaliada quando se compra um vinho, já que há vinhos para grandes ocasiões e vinhos para o dia-a-dia). Elaborado a partir das variedades Chardonnay e Riesling, o mosto é extraído em prensas pneumáticas e a segunda fermentação ocorre pelo método Charmat, durante um mês. É brilhante, com tonalidade palha. O perlage é abundante, mas grosseiro e pouco persistente. Aroma cítricos, de maçã verde e pão torrado. Final cremoso. Um bom vinho, agradável. Classificação: ***.



Filoxera, o bicho-papão da vinicultura

A partir do fim do século XIX, uma praga de nome filoxera (Daktulosphaira vitifoliae ou Phylloxera vastatrix) começou a se espalhar pelo mundo. A filoxera constituiu-se como a praga mais devastadora da viticultura mundial, alterando profundamente a distribuição geográfica da produção vinícola e provocando uma crise global na produção e comércio dos vinhos que duraria quase meio século.
Fêmea alada de Filoxera
Para saber mais sobre esse capítulo emocionante da História do Vinho, clique aqui.

Albae Tempranillo 2011

Vinho da linha simples da Hacienda Albae, vinícola espanhola, localizada em Castilla. Essa região apresenta clima continental, com grandes oscilações térmicas. Altitudes entre 400 e 1000 metros. Os solos, em geral, são sedimentares. Vinho feito com a casta Tempranillo, de cor muito agradável, vermelho-rubi. No olfato, aromas muito fortes de madeira, algo artificiais, que me incomodaram. Apesar disso, o aroma é certamente intenso. No palato, um vinho mediano, de média intensidade, desequilibrado e com gosto terroso. Deixa a boca áspera e tem um incômodo amargor de fundo. Não recomendado. Classificação: **.

Para aplacar o calor: Caipiporto!

Não há quem não goste de uma caipirinha! Aproveite os dias de calor para experimentar essa versão mais leve, feita com vinho do Porto branco extra seco.

Ingredientes:

  • 60 ml de vinho do Porto branco extra seco
  • 4 rodelas de limão
  • 2 colheres de açúcar em pó
  • Gelo picado

Modo de Preparo:

  • Colocar, em um copo baixo, o limão e o açúcar. Macerar (com pilão) os ingredientes, adicionar o vinho do Porto branco e o gelo, mexer com uma colher de bar, decorar e servir.


Aurora Varietal Cabernet Sauvignon

Vinho límpido, com bela cor rubi. Na análise olfativa, aromas um pouco grosseiros, com destaque para madeira, especiarias e caça. Na boca, um vinho mediano, com leve desequilíbrio em favor do álcool. Pouca estrutura e complexidade. Persistência mediana. Os vinhos millésimes e reservas da mesma vínicola tem bons preços e são bem superiores, apresentando melhor custo-benefício. Classificação: ***.


Vin Doux Naturel

Um vinho fortificado de importância mundial é o Vin Doux Naturel (VDN), vinho proveniente do sudoeste da França. O VDN é feito com no sul da França, com a casta branca Moscato ou com a casta tinta Grenache. Sua produção foi aperfeiçoada por Arnaud de Villeneuve no séc. XIII. Esses vinhos sofrem o processo de "mutage" durante a vinificação, que consiste na adição de aguardente vínica ao mosto, antes ou durante a fermentação. Quando a aguardente vínica é adicionada antes da fermentação, são produzidos os chamados Vin de Liqueur. Quando esta é adicionada durante a fermentação, são produzidos os chamados Vin Doux Naturel. Alguns vinhos famosos nessa categoria são o Banyuls (famoso por ser um bom acompanhamento para chocolate) e o Pineau des Charentes.  Clique no mapa abaixo para visualizá-lo em versão aumentada e para ter uma visão geral do VDN.


Quer aprender um pouco mais sobre esse e outros vinhos fortificados? Clique aqui.

Feliz Natal!

Nós do Poesia Engarrafada desejamos que seu Natal seja como um bom vinho! Na análise visual, que apresente árvores de Natal, presentes e guirlandas. Na análise olfativa, desejamos que seja cheio de belos aromas de carinho e felicidade, com toques de gratidão e nuances de espiritualidade. Na boca, que seja um Natal estruturado e harmônico, com sabores de família e amigos queridos e com um final longo, persistente e saboroso. FELIZ NATAL!!!


Monte Paschoal Brut Rosé X Monte Paschoal Moscatel Rosé

Degustação de dois rosés Monte Paschoal: o brut e o Moscatel. Ambos são vinhos simples, muito refrescantes, joviais, ideais para momentos descontraídos e para climas quentes. Recomendadíssimos na piscina, por exemplo, em um dia de sol, bem gelados. São ambos vinhos baratos (cerca de vinte reais), bons exemplos da vitivinicultura nacional. É bom que se diga: não são vinhos estruturados, complexos e com camadas de aromas. São vinhos que combinam mais com sorrisos e conversa de amigos do que com elucubrações sobre quais aromas se escondem no líquido. Ambos são escorregadios e apresentam linda cor rosé cereja. Ambos apresentaram bom perlage: contínuo, intenso e delicado. O Brut Rosé, 12%, é elaborado unicamente com a Pinot Noir. No nariz, notas cítricas, florais e de frutos vermelhos. Na boca, refrescância e acidez correta. Classificação: ***. O Moscatel, 7,5%, feito pelo processo Asti, é só festa. Feito com a uva Moscato Bailey, possui aroma destacado de morangos e amoras. No palato, doçura e muita fruta, mas um pouco carente de acidez. Classificação: ***.

Temperatura de Serviço

Certamente, já aconteceu com você. Em uma ocasião, você toma um vinho e ele lhe parece sublime; já em outra, ele parece ruim. Sendo o mesmo vinho, por que isso acontece? Um dos motivos principais é a temperatura de serviço. 



Veja como a temperatura pode afetar enormemente sua percepção do vinho. Clique aqui.

Aurora Millésime 2009 Cabernet Sauvignon

O Aurora Millésime é elaborado apenas em anos nos quais as condições são excelentes e, portanto, as uvas são excepcionais. Em toda a história da Vinícola Aurora, esta é a quinta edição do vinho (as anteriores foram em 1991, 1999, 2004, 2005 e 2008).
Está atualmente com cor rubi viva, com reflexos ocre, já demonstrando, passados quatro anos, a evolução do vinho. No nariz, aromas de frutas vermelhas maduras, principalmente ameixa, elegantemente balanceado com notas de baunilha, coco e chocolate. Excelente estrutura. Macio e aveludado ao paladar. Taninos macios e excelente persistência. Um vinho superior. Classificação: ****.


Vinícola Aurora

Conheça a Aurora, um dos maiores empreendimentos vinícolas do país, um lugar cheio de histórias e com muito vinho. Clique aqui.


Calvet Varietals Merlot 2011

Excelente Merlot produzido na região de Bordeaux, França. A Calvet é uma vinícola cuja história remonta a 1818, quando seu fundador Jean-Marie Calvet se instalou em Bordeaux. É uma das grandes exportadoras dessa região, mas mantém um nível confiável de qualidade. Os vinhos Calvet têm excelente tipicidade. Esse Merlot estava maravilhoso: aroma muito destacado de frutas, em especial amoras; na boca, muita maciez e equilíbrio, em um tinto leve, mas cheio de personalidade, com álcool bem controlado; redondo e macio, bastante persistente; final aveludado. Um vinho perfeito para eventos casuais e carnes leves. Recomendadíssimo. Compra certeira. Classificação: ****.



Curso de Harmonização - Parte 1: Princípios para Harmonizar Vinho e Alimentos

Uma área que costuma gerar muitas dúvidas aos apreciadores iniciantes no mundo do vinho é a harmonização. Chamamos de harmonização a busca pela correta adequação entre os sabores e texturas do vinho e os da comida. A harmonização busca extrair o melhor de cada um, sem que um domine o outro. 

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Aurora Moscatel Rosé

Comprei esse Aurora Moscatel Rosé em passeio à Vinícola Aurora. É vinho doce, feito com as uvas Moscato de Hamburgo e Moscato Bianco. A versão branca desse espumante é o carro chefe da Aurora. Muitas pessoas não gostam de espumantes do tipo Moscatel, por serem vinhos doces, mas sempre há uma ocasião para qualquer tipo de vinho, até aquele tipo que não se está muito acostuma a beber. Esse, por exemplo, é um vinho que vai bem com sobremesas. No exame visual, bela cor salmão, com bastante perlage (as bolinhas), porém perlage com bolhas grossas. Aroma fraquinho, da própria uva Moscatel (a única que transmite seu próprio aroma ao vinho), mel e jabuticaba. Na boca, simplicidade, doçura e refrescância. Faltou mais acidez e um pouco mais de estrutura. Classificação: **. 


Torrontés

A Torrontés é uma uva de origem espanhola, ressuscitada pela Argentina, onde alcançou altos níveis de qualidade. Hoje ela é uma especialidade desse país. Seus vinhos, muitas vezes, têm alto teor de álcool e são extremamente aromáticos. Ressaltam-se, entre suas características aromáticas: rosas, lavanda, laranja e camomila. Seus vinhos são contínuos, ou seja, o sabor também tem características marcadamente florais. São vinhos verdadeiramente únicos, que variam do ligeiramente seco ao levemente adocicado.


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Two Oceans Suvignon Blanc 2011

A África do Sul é famosa por produzir bons exemplares de Sauvignon Blanc e esse é um deles. Feito pela vinícola Two Oceans, com vinhedos localizados na Península do Cabo (daí o nome “Dois Oceanos”, em referência ao encontro dos oceanos Atlântico e Índico). Esse Sauvignon Blanc é fácil de beber e refrescante. Possui cor amarelo palha, com reflexos dourados. No nariz, maracujá, pêssego, melão e grama cortada. É um vinho contínuo, em que os aromas se repetem no paladar. Tem boa acidez e frescor, além de média persistência. Termina com um leve amargor, que não chega a prejudicar severamente o vinho. É vinho bom. Classificação: ****.


Vinho & Saúde

Você sabia que, entre todas as bebidas alcoólicas, o vinho é a que mais favorece a saúde? Os polifenois, componentes encontrados na casca e na semente da uva, oferecem ação antibiótica e efeito antioxidante, previnem a formação de placas de gordura nas artérias, reduzem o colesterol ruim (LDL) e aumentam o bom (HDL) no organismo. Claro que isso se a pessoa beber regularmente e com moderação, e não tiver contraindicação à ingestão de bebidas alcoólicas. Vale lembrar que nem todo adulto pode ingerir vinho ou qualquer bebida alcoólica. A lista dos que não devem saboreá-lo é formada por hepatopatas (quem tem doença do fígado, como cirrose), pessoas com altas taxas de triglicérides, pancreatite, úlcera gástrica, problemas psiquiátricos, gastrite e diabetes. 

Costazzurra Prosecco Brut

Conegliano, junto com Valdobbiadene, se destacam dentro do centro produtor de Prosecco no Vêneto, no norte da Itália. Nessa região, 15 comunas são os pólos de destaque na produção desse tipo de espumante, feitos com a uva do mesmo nome. Em Conegliano, está instalada a Cantina Contarini, responsável pela produção deste Costazzurra Prosecco Brut. Conegliano se caracteriza por solos de origem sedimentar, calcário e argiloso nas colinas, e rochoso nas planícies. É um local também de temperatura fria, sobretudo à noite, por ser uma região de terreno elevado. A boa insolação possibilita o amadurecimento das uvas de forma correta, nos prazos adequados. 

O Prosecco Costazzurra Brut é produzido pelo método Charmat, com segunda fermentação em autoclaves. Ele me surpreendeu pelo delicioso aroma de frutas e flores, com nuances muito fortes de limão e amêndoas. No palato, secura e refrescância, com agulha destacada. Gostei do vinho, bom e honesto, com perlage fraquinho. Um exemplar de Prosecco simples, sem dúvida, mas correto. Há outros bem mais densos e saborosos, mas esse não faz feio. Deve ser servido com temperatura entre 8ºC e 10ºC e harmoniza com saladas, peixes, sushi e sashimi, além de alguns tipos de sobremesas e frutas.Classificação: ***.



Para ver outras notas de degustação de espumantes, clique aqui

O Vinho no Brasil - Parte 1

A história do vinho no Brasil começou com Cabral. Uma das naus da sua esquadra veio de Portugal abastecida com vinho alentejano (de uma vinícola chamada Pêra Manca). Contudo, as condições da viagem certamente não foram benéficas ao vinho, tanto que os dois índios levados à presença de Cabral não gostaram do que provaram e cuspiram o líquido. 

A história do vinho no Brasil é rica e cheia de altos e baixos, entremeada de desafios. Quer conhecer mais? Clique aqui.

Casa Valduga 130 Anos

Espumante topo de linha da Casa Valduga, o 130 é realmente inquestionável. Produto de primeiríssima linha. Escrevo esse post degustando uma taça desse vinho muito bem feito e fico feliz em saber que é produto nacional, feito em Bento Gonçalves, por uma empresa cheia de vigor. A Casa Valduga começou com o imigrante italiano Luigi Valduga, que se estabeleceu na região em 1875 com uma produção artesanal de vinhos. São vinhos bons, alguns excelentes, como esse da foto. O espumante 130, feito pelo método tradicional, é elaborado com as castas Chardonnay e Pinot Noir e amadurece por 36 meses em contato com as leveduras. Na análise visual, um vinho de amarelo ouro razoavelmente forte, com perlage intenso e contínuo, de bolhinhas muito finas, o que mostra ser um bom espumante, no qual o gás está corretamente diluído no vinho e onde não houve inclusão artificial de gás, como há em refrigerantes. No nariz, aromas delicados, com notas de frutas tropicais. Na boca, muita fruta. Sabor, estrutura e acidez marcantes. Um vinho muito equilibrado e de grande potencial de sabor, um espumante forte e com personalidade. Excelente! Classificação: ****.

Portonic, um drink ideal para o calor!

Nesses dias de calor intenso, que tal beber um drink refrescante? O Portonic é um long drink elaborado com vinho do Porto branco (Extra Dry) e água tônica. É fácil de preparar, delicioso e ideal para aplacar esse calorão!

Ingredientes:
  • 2 dose(s) de vinho do Porto branco
  • Agua tônica o quanto baste
  • Gelo a gosto
  • Rodelas de limão
  • Folhas de hortelã

Modo de preparo:
  • Preencha um copo para long drink com gelo e adicione uma rodela de limão.
  • Coloque o Porto branco, complete com a água tônica.
  • Enfeite com a hortelã
Experimente também trocar o limão por laranja e acrescentar o sumo de meia laranja ao drink. 

Santa Augusta Rosé Demi-Sec

Excelente exemplar de espumante nacional. Trata-se de corte de Cabernet Sauvignon, Merlot, Malbec, Montepulciano e Cabernet Franc. O vinho base foi elaborado a partir de uvas provenientes de vinhedos próprios, cultivados em espaldeira. Elaborado pelo método Charmat, com permanência do espumante por 3 meses sobre as leveduras. Perlage fino e de média persistência.  Aroma delicado com notas de frutas vermelhas (amora, morango) e de flores (rosas). Cor rosa salmão muito claro. No palato, muita fruta e leve toque de amêndoas. Ótima acidez, equilibrado, boa cremosidade, persistente e com retro-olfato agradável e frutado. Classificação: ****.



Vinho Madeira

Você já ouviu falar do Vinho Madeira? Esses vinhos são saborosíssimos e muito delicados, com aromas e sabores muito sutis. Sua delicadeza é proveniente de um processo bem peculiar de fabricação: o processo de estufagem. Por esse método de fabricação, os vinhos são colocados em barricas e estas são armazenadas em galpões por um período de pelo menos vinte anos. Nesses galpões, o vinho é submetido às temperaturas elevadas características da Ilha da Madeira, território de Portugal no Atlântico. O vinho é assim, lentamente, "cozido", resultando em uma bebida de muita delicadeza e de grande complexidade aromática. O mapa conceitual a seguir (clique para visualizar em tamanho aumentado) dá uma visão geral sobre o Vinho Madeira: 
Quer aprender um pouco mais sobre esse e outros vinhos fortificados? Clique aqui.

Monte Paschoal Moscatel Rosé

Quer beber bem pagando pouco? Se você gosta de espumantes doces, essa é uma excelente pedida. O Monte Paschoal Moscatel Rosé é vendido por cerca de R$20 e é um espumante muito bom para a sua categoria. É elaborado pela Basso Vinhos e Espumantes, vinícola localizada no município de Farroupilha (RS), com a uva Moscato. A fabricação do espumante é pelo processo Asti, no qual a tomada de espuma ocorre já na primeira fermentação, feita em autoclaves. Trata-se de um vinho jovem, de bela cor cereja e bastante aromático. No nariz, aparecem muito destacados os aromas de morango e cereja, misturados a notas florais. O perlage é bom: contínuo, intenso e delicado.  Leve e fácil de beber, refrescante, paladar adocicado e extremante frutado, ótimo para brindar com os amigos. Como é doce, recomendo tomá-lo como sobremesa, acompanhando bolos ou sorvete. Classificação: ***.

Decanter, esse incompreendido.

Poucos acessórios do universo do vinho são tão incompreendidos quanto o famoso “decanter” (ou, mais apropriadamente, “decantador”). Muita gente que poderia utilizá-lo, não o usa por receio de que ele estrague o vinho. Outros tantos usam-no pela sofisticação que imaginam que ele imprime ao ato de beber um bom vinho. Tanto esses quanto aqueles ignoram que o decantador tem objetivos práticos, muito mais honrosos do que impressionar os convivas.

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Casillero del Diablo Merlot 2011

O Casillero del Diablo Merlot 2011 apresentou-se bastante aromático, com aroma destacado de cerejas, frutas pretas maduras, ervas e manteiga. Na boca, muito ácido, frutado, levemente tânico e com pronunciada característica aveludada. É daqueles vinhos que, ao deixar dois segundos na boca antes de deglutir, deixa a boca com uma deliciosa textura aveludada. Trata-se de vinho encorpado, redondo, amável, persistente. Cor rubi intensa e brilhante. Excelente vinho! Classificação: ****. 

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Bento Gonçalves

Enoturismo  é o conjunto de atividades relacionadas ao turismo em áreas produtoras de vinhos, nas quais o vinho atua como elemento principal. O Brasil tem um excelente destino desse tipo de turismo: a Serra Gaúcha, em particular a cidade de Bento Gonçalves. Visitar Bento e os municípios circunvizinhos é mais que um prazer para o enófilo. É uma necessidade para a compreensão da indústria brasileira de vinhos, seus alicerces e seu modo produtivo. É também um carinho para os sentidos: olfato, visão, paladar. 

Quer saber um pouco mais sobre essa cidade importante para a vitivinicultura brasileira? Clique aqui.


Crios Torrontés 2012

Susana Balbo, a enóloga responsável pela linha Crios, é uma das personalidades mais respeitadas da vitivinicultura argentina. Seus vinhos são autênticos e expressivos. Este varietal da casta Torrontés (emblemática da Argentina) tinha cor amarelo palha esverdeado e estava bastante aromático (uma característica da casta), com uma gama de aromas muito agradáveis. Maçã verde, jasmim, pêssego, rosas em uma mistura potente. Daquelas de fechar os olhos e viajar por algum tempo somente com o prazer olfativo. Na boca, paladar frutado com toques florais. Volume, untuosidade e refrescância. Um excelente vinho, de ótima qualidade. Experimente-o como aperitivo ou acompanhando saladas ou entradas frias. Classificação: ****.



Sauvignon Blanc

Foi na Nova Zelândia, em Marlborough, que essa casta encontrou seu habitat ideal, criando um padrão de qualidade que ultrapassou os originais franceses. Também existem bons vinhos elaborados com ela na África do Sul e no Chile, principalmente nas regiões de Casablanca e San Antonio. Gera vinhos com cor amarelo-pálido e com grande variedade de aromas: limão, manga, maracujá, grama recém-cortada.

Para entender um pouco mais sobre castas e aromas, clique aqui.


Santa Florentina Malbec 2012

A Malbec é uma uva de origem francesa de cor escura e taninos robustos. É famosa por ser uma das seis variedades utilizadas nos tintos de Bordeaux. Essa variedade foi levada para a Argentina em 1868 pelo francês Michel Pouget. Lá, alcançou níveis excepcionais de qualidade, a ponto de ser considerada a casta tinta símbolo da Argentina. Infelizmente, esse vinho representa muito pouco o que essa uva pode vir a ser. Apesar de aromático (baunilha no início, abrindo-se na sequencia para aromas de cerejas e ameixas), o vinho estava muito desequilibrado na boca: excessivamente alcoólico, com nenhuma complexidade. Final curto e pouco persistente. Não recomendo e não vou mais comprar. Classificação: **.


Riesling Renano

Originária de climas frios, como França e Alemanha, essa casta é conhecida entre nós como Riesling Renano (não confundir com a Riesling Itálica, uma variedade diferente, plantada no Brasil). Seus melhores vinhos varietais são os provenientes da Austrália, da Nova Zelândia e do Chile. Os aromas comuns são de maçã, lima, mel e notas resinosas e minerais. Produz vinhos refrescantes, devido à boa acidez, leve teor alcoólico, leve doçura e corpo fino.

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Messias Porto Tawny

O Messias Porto Tawny tem uma inesperada coloração vermelho rubi. Digo "inesperada" porque os portos do estilo Tawny costumam ter cor atijolada. Essa cor é resultado da oxidação que esses vinhos sofrem. São vinhos delicados, que costumam ir bem com queijos e nozes (como aperitivo) ou sozinhos (como sobremesa). Os portos tawny são vinhos delicados, já oxidados, o que dá para eles uma característica cor avermelhada. As uvas usadas são a Touriga Nacional, Touriga Francesa, Tinta Roriz e Tinta Cão. Os aromas predominantes são de frutas secas. Na boca é encorpado, frutado, ácido na medida. Delicado e sutil como se espera de um Tawny. Um vinho equilibrado, com ótimo final de boca, bastante persistente. Recomendo (vejam como a garrafa já estava vazia quando a foto foi tirada!). Classificação: ***.

História do Vinho

A história do vinho remonta a épocas muito antigas. As primeiras descrições da existência da videira datam de cerca de 7000 anos. As primeiras sementes de uva descritas foram descobertas em sítios arqueológicos localizados na Ásia Menor, local provável da origem desta planta. Esta região corresponde à área que se estende das montanhas do Cáucaso (República da Geórgia) até os Montes Zagros (Irã), nas proximidades do Mar Cáspio. Supõe-se que a elaboração do vinho tenha se iniciado com o aparecimento de povos sedentários, dedicados à agricultura. É provável que o vinho tenha sido inventado por acaso, depois que se observou o resultado obtido a partir de uvas que foram deixadas de lado e que acabaram fermentando. 


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Espumante Monte Paschoal Demi-Sec

Os espumantes da Vinícola Basso, como esse Dom Paschoal, são elaborados no município de Farroupilha, no RS, na região conhecida como Vale dos Vinhedos. Essa é uma das regiões vinícolas mais importantes do Brasil. São espumantes simples, porém de boa relação custo-benefício. São elaborados com as castas Chardonnay e Riesling. Na análise visual, apresentou cor amarelo dourado brilhante, com perlage intensa, porém muito pouco persistente e algo grosseira. Aromas cítricos e de frutas (abacaxi, maçã). Na degustação, refrescância, açúcar e acidez na medida. Um revés, contudo: um incômodo amargor de fundo de boca que surge logo após a deglutição. Classificação: **.

Dia do Enólogo e Lançamento da Fanpage do Poesia Engarrafada

Hoje é dia do Enólogo, profissional que trabalha nas vinícolas e nos vinhedos, responsável pelo vinho em todas as fases de produção. Em homenagem a esse dia especial, hoje foi lançada a fanpage do Poesia Engarrafada no Facebook. Não perca tempo, acesse, curta e compartilhehttps://www.facebook.com/poesiaengarrafada


Aromas e Varietais Brancas

Olá, pessoal! Esse post é a continuação do anterior, sobre Vinho Varietais. Vamos falar um pouco mais sobre esses vinhos indispensáveis. Para continuar, contudo, vamos combinar uma coisa? Descrever um vinho usando outras frutas, vegetais ou substâncias para expressar suas características não é frescura. É comum dizer que um vinho possui aroma de ameixa, tabaco, morango, pimenta do reino, etc. Isso ocorre porque nos vinhos existem mais de quinhentas substâncias químicas. Mais de cento e cinquenta delas são puramente aromáticas. Então, quando se diz que um Cabernet Sauvignon tem aroma de pimentão verde, isso significa que ele tem metoxipirazina. Quando dizemos que o vinho tem aroma de maçã verde é porque as moléculas voláteis que se desprendem do líquido são as mesmas, ou muito semelhantes, àquelas que se desprendem das maçãs verdes. 

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Varietais

Esse deveria ter sido o primeiro post desse blog, eu sei, mas fui consumido pela paixão pelos espumantes e acabei enveredando por outros caminhos nos últimos posts. Agora recupero meu débito com os leitores, principalmente os iniciantes, falando sobre aquela que deve certamente ser a primeira etapa de todos os interessados no mundo dos vinhos: os vinhos varietais.

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Degustações de Vinhos Fortificados e de Sobremesa

Degustações de Vinhos Fortificados e de Sobremesa:
  • Comenda Moscatel do Douro
  • Aurora Colheita Tardia
  • Porto Valdouro Tawny
  • Porto Valdouro Ruby
  • Dow's Fine Tawny Port
  • Eirados Fine Ruby
  • Justino's Vinho Madeira
  • El Maestro Sierra Jerez Fino
  • Tokaji Andrássi Pincészet
  • Pellegrino 1880 Marsala Superiore
  • e muitos outros...
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Degustações de Espumantes


Eu sou apaixonado por espumantes. Eles são a alegria e a sofisticação que transformam um dia comum em uma ocasião especial. Quer alegrar o dia? Quer mostrar para um convidado que ele é importante? Quer impressionar a esposa? Abra um espumante! Além de requintados, espumantes podem ser servidos a qualquer momento: no café da manhã (imbatível!), como aperitivo, acompanhando saladas, grelhados, carnes e massas e, outra grande dica, acompanhando frutas como sobremesa. Nesse post complemento a lista de espumantes com novos que tomei recentemente. Espero que as notas de degustação auxilie em suas próximas comprar. Afinal, essa é a função desse blog.

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Fortificados e de Sobremesa

Decidi fazer um post somente com vinhos fortificados e de sobremesa porque percebi que consumo muito e que tenho muitas fotos desses vinhos. Na elaboração dos fortificados, a fermentação é interrompida antes do seu final pela adição de aguardente vínica (aguardente obtida com a destilação de vinho). Os vinhos de sobremesa, de sua parte, não recebem aguardente. São feitos com uvas tratadas de forma a aumentar o teor de açúcar (por exemplo, uvas-passas ou uvas congeladas). 

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Espumantes

Ah, os espumantes! Muito já se falou sobre eles. Grandes pensadores e artistas já se renderam aos seus prazeres. De minha parte, só posso dizer que minha vida é melhor porque eles existem. Espumantes me ajudam em todos os momentos e sempre, sempre tornam a vida melhor. Deveríamos tomá-los mais, muito mais, todos os dias ou, como recomendo há um bom tempo, em substituição ao café da manhã! Eles são o toque de felicidade, de romantismo, de utopia que nos ajuda a encarar a vida. 

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